quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Institutos Federais induzirão desenvolvimento nos Estados

Mais capilaridade, mais contato com os trabalhadores e com a realidade econômica de cada mesorregião do país. Estas são as características que colocam os institutos federais de educação, ciência e tecnologia em pé de igualdade com as universidades federais. A comparação foi feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, na cerimônia de posse dos 38 reitores dos institutos, nesta quinta-feira, 29, em Brasília.
“Os institutos, agora, têm tão ou mais importância do que as universidades. O bacharelado clássico não resolve a questão do desenvolvimento local. A educação profissional é que vai mudar o quadro econômico de cada região”, destacou Haddad. O ministro lembrou aos reitores — antigos diretores-gerais dos centros federais de educação tecnológica (Cefets) e das escolas agrotécnicas federais — que eles são as pessoas mais qualificadas para saber quais cursos vão auxiliar no desenvolvimento de seus estados.
A inovação no projeto político-pedagógico dos institutos é uma das mudanças no ensino profissionalizante. “Para implementar os institutos federais, poderíamos simplesmente fundir os Cefets e escolas agrotécnicas, mas esse nunca foi o objetivo. Uma rede com 354 unidades não poderia ser a mesma”, disse Haddad. Com as mudanças, segundo ele, será possível preencher lacunas, principalmente como conseqüência da repactuação com a educação básica no que diz respeito ao ensino médio e à formação de professores.
Oferta — Na visão do ministro, é necessário haver uma articulação entre os institutos federais, as secretarias de educação e as entidades do Sistema S (Senai, Senac, Sesi e Sesc, dentre outras) para melhorar o ensino médio. “Cada estado deve fazer um planejamento estratégico para garantir a oferta do ensino a todos, especialmente, à juventude. Se todo brasileiro tiver direito a um passo a mais, a realidade da educação pode mudar em uma geração”, ressaltou.
Para o reitor Paulo Pereira, do instituto de Goiás, a educação profissional muda a partir da criação dos institutos federais. “A posse dos reitores que presenciamos hoje não é obra do acaso nem do destino. É a prova concreta de que acontece uma revolução na educação brasileira que vai promover o desenvolvimento científico, tecnológico e social do país”, afirmou.
Os reitores dos institutos do Amazonas, João Dias, e de Rondônia, Raimundo Jimenez, acreditam que agora a demanda da região Norte seja atendida. “Com as instituições, temos a prerrogativa de implantar cursos superiores em lugares longínquos da região”, destacou Dias. “No Amazonas, havia uma demanda reprimida que não conseguíamos atender com o modelo do Cefet.” Jimenez fez coro com o colega. “Os institutos federais terão forte inserção em nossos estados. Rondônia, por exemplo, dispunha apenas de uma escola agrotécnica federal", disse.
Fonte: MEC

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